Os riscos de uma “Dedetização” contra escorpiões.
As “dedetizações” convencionais, realizadas por algumas empresas do ramo, para o controle de baratas, são totalmente contra indicados no caso de escorpiões, pois os inseticidas utilizados nestas dedetizações, em geral Piretróides ou Carbamatos possuem um alto poder desalojante e são extremamente irritantes e repelentes para os escorpiões, fazendo com que os mesmos fujam imediatamente das áreas tratadas e procurem abrigos nas áreas internas dos imóveis (atrás de móveis, gavetas, armários, fendas de azulejos, etc.). Após algumas semanas estes mesmos escorpiões irão sair de seus esconderijos, apresentando um risco adicional, que é a alta concentração de veneno que carregam, pois estavam há muito tempo sem se alimentar, apenas produzindo veneno, sem oportunidade de eliminá-lo. Este processo é chamado de “Efeito Bumerangue”, onde os escorpiões desaparecem por um curto período, ressurgindo em seguida, muito mais perigosos do eram antes da dedetização.
A Sani House, ciente deste problema, desenvolveu um mix de produtos, totalmente indicado para o controle e extermínio de escorpiões, fazendo com que, os mesmos circulem nas áreas tratadas, sem perceber que estão se contaminando e absorvendo uma dose letal de inseticida.
Atualmente são conhecidas cerca de 1.600 espécies e subespécies distribuídas em 116 gêneros diferentes em todo o mundo com exceção da Antártida.
No Brasil existem cerca de 140 espécies, sendo as mais importantes em Saúde Pública pertencem ao gênero Tityus, destacando-se as espécies Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e Tityus bahiensis (escorpião preto).
O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal.
O escorpião do tipo Tityus bahiensis é o responsável pelo maior número de casos de acidentes em áreas rurais. O seu veneno é neurotóxico, age sobre o sistema nervoso, mais precisamente no bulbo, muitas vezes letal, causa paralisia respiratória.
O tratamento em ambos os casos, consiste na aplicação de um anestésico (lidocaína a 2%) no local da ferroada e soro antiescorpiônico (obtido de escorpiões vivos). O tratamento deve ser hospitalar, de preferência com a apresentação do escorpião para facilitar o diagnóstico e o tratamento.
Na região Nordeste, a espécie mais frequente é o Tityus stigmurus, encontrado principalmente em áreas urbanas e fazendo das baratas o seu cardápio principal.